Emerson Teixeira
Castro – O handebol castrense ganha destaque nacional com a contratação de Lucas Rugiski pelo São Carlos (SP), uma equipe tradicional que participa das principais competições do país: o Super Paulistão e a Liga Nacional de Handebol. Nativo de Castro e com apenas 22 anos, Lucas é resultado do trabalho de base da cidade e representa mais que uma promessa; ele é símbolo de uma história que envolve esforço, família e legado.
“Jogar handebol em um clube de alto nível é uma experiência incrível. Cada partida será um novo desafio, e cada treino é uma oportunidade de melhorar. Representar esse novo clube é um orgulho para mim, para minha família e para nossa cidade, Castro”, afirmou Lucas.
A trajetória até o cenário nacional começou cedo. Lucas iniciou no esporte aos oito anos, sob a orientação do pai, Marcial Rugiski, uma figura emblemática do handebol em Castro, falecido recentemente. Com passagens por equipes do Paraná e Santa Catarina, o ponta-direita agora chega ao estado de São Paulo para enfrentar os maiores nomes da modalidade.
Inspiração
Direto de São Carlos, onde está desde domingo se preparando para a estreia contra a forte equipe da capital, o Pinheiros, Lucas compartilhou sua mensagem com os jovens que estão começando no esporte nas escolinhas mantidas pela prefeitura, sob a direção dos técnicos Bruno Rugiski (seu irmão) e Diclei Iank.
“Se você tem um sonho, como eu tive, de jogar em alto nível, se dedique. O esporte abre portas não só para campeonatos, mas também para estudos, trabalho e crescimento pessoal. O mais importante é se divertir fazendo o que se ama. Castro é conhecida por formar grandes atletas, e isso é motivo de orgulho. Não desista do seu sonho, porque o esporte pode proporcionar algumas das melhores experiências da vida.”
Legado
Após a morte de Marcial, o filho mais velho, Bruno Rugiski, assumiu o comando técnico do projeto de handebol da cidade. Hoje, ele lidera as equipes da Secretaria Municipal de Esportes de Castro, dando continuidade a mais de três décadas de trabalho iniciado pelo pai.
“Desde o falecimento do meu pai, assumi como técnico e seguimos com um trabalho forte. No ano passado, fomos campeões da macrorregional e ficamos entre as 10 melhores equipes do Paraná, e tudo isso com atletas apenas de Castro. O projeto continua com força total, e o mais bonito é que nenhuma escolinha aqui é paga. Tudo é gratuito”, explica Bruno.
Além de técnico, Bruno, irmão de Lucas, não esconde a emoção ao ver o caçula brilhar nacionalmente. “É uma felicidade imensa para nossa família. Claro que é nosso irmão, mas poderia ser qualquer um dos nossos atletas. Isso mostra a força do trabalho que fazemos aqui. O Super Paulistão é um dos campeonatos mais fortes da América Latina. Ter alguém da nossa cidade lá demonstra que o legado do nosso pai continua vivo.”
Missão
Além dos títulos e conquistas — como o bom desempenho nas competições estaduais e uma Moção de Aplausos recebida da Câmara Municipal em 2024 — o foco do projeto castrense vai além da competição.
“Atendemos mais de 100 atletas, entre crianças, adolescentes e adultos, no masculino e feminino. Nosso objetivo é fomentar o handebol e oferecer oportunidades. Queremos formar atletas, mas também cidadãos. O esporte muda vidas”, reforça Bruno.
Informações/PáginaUm
