Emerson Teixeira
Castro – Uma obra aguardada por décadas pelos castrenses, especialmente pelo setor produtivo, o Contorno Norte de Castro já está em pleno funcionamento e se consolida como um marco para a logística regional. Uma nova conquista reforça sua importância: foi publicada no Diário Oficial do Estado a autorização para a circulação de caminhões de nove eixos no trecho que liga a PR-151 até a PR-090, no viaduto do Cruzo, compreendendo a PR-429.
A liberação é um passo essencial para a economia do município, beneficiando toda a cadeia produtiva, conforme destaca o diretor do Grupo Calpar, Paulo Bertolini, um dos líderes empresariais que atuaram para garantir a medida.
Bertolini ressalta que a estrutura do Contorno Norte foi projetada desde o início para suportar o tráfego de caminhões de nove eixos. “O projeto contempla os nove eixos, isso foi tratado na gestão anterior do Reinaldo, quando o Marcos [Bertolini] era vice-prefeito. Desde o início, quando começou o protocolo do projeto, ele já foi concebido para nove eixos”, comenta.
Além da liberação já garantida, Bertolini explica que, durante a visita do governador Ratinho Junior ao Agroleite no ano passado, empresários solicitaram a ampliação da autorização para um novo trecho, que vai do viaduto do Cruzo até a entrada do Socavão. “Esse pedido foi atendido, e um novo decreto publicado transforma aquele trecho também em via autorizada para caminhões de nove eixos”, explica.
Benefícios diretos
Com a oficialização da liberação, empresas de grande porte e produtores rurais passam a contar com uma infraestrutura que reduz custos logísticos e amplia a competitividade. “Castro será beneficiada, a Cargill, a Evonik, essas indústrias estavam sem poder receber o tráfego de caminhões de nove eixos. Agora, todos os agricultores, o pessoal da madeira, todo mundo foi beneficiado”, enfatiza Bertolini.
Ele destaca ainda que o impacto positivo se estende a diversas frentes da economia local. “O Contorno Norte serve tanto para trazer produtos para a região quanto para levar. Por exemplo, o milho que vem para a indústria, para a Cargill, não podia chegar ali com caminhões de nove eixos, o que encarecia o frete. Agora, tudo isso se torna mais eficiente, beneficiando a indústria alimentícia, a indústria mineral, a indústria florestal, os agricultores e os pecuaristas”, pontua.
Com a infraestrutura adequada e a regulamentação consolidada, Castro se fortalece como um polo logístico estratégico, facilitando o escoamento da produção e garantindo mais competitividade para empresas e produtores locais. “Vai reduzir custo, uma vez que serão utilizados caminhões mais eficientes”, finaliza Bertolini.
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