Castro – O Ecossistema de Inovação de Castro, na região dos Campos Gerais, foi selecionado para participar do Programa de Aceleração de Ecossistemas de Inovação do Sebrae Nacional. A cidade é um dos 42 ecossistemas paranaenses e um dos 230 de todo o Brasil que utilizam a metodologia ELI para potencializar os ecossistemas de inovação. Castro foi escolhida para a iniciativa, que visa impulsionar territórios com vocação empreendedora e inovadora.
A proposta do programa é enfrentar os principais desafios dos ecossistemas locais por meio de ações estruturadas de articulação, fortalecimento da governança, posicionamento e conexão entre os atores regionais. Com início marcado para o dia 17 de junho e duração até setembro, a jornada incluirá mentorias e oficinas estratégicas que culminarão na elaboração de um projeto local.
Durante o processo, cada ecossistema será desafiado a desenvolver um projeto alinhado a uma necessidade real do seu território. A iniciativa deverá contemplar uma das cinco temáticas centrais que sustentam os ecossistemas de inovação: governança, comunicação, fomento, indicadores ou sustentabilidade. O objetivo é garantir que as propostas estejam conectadas à realidade local e gerem impactos positivos a longo prazo.
“Castro está estruturando um parque tecnológico, com parcerias importantes com o governo do Estado, cooperativas locais e uma governança comprometida. Consideramos que este é o momento ideal para o Município ser piloto desta metodologia do Sebrae Nacional, que visa identificar gargalos existentes e saná-los. O acompanhamento da aceleração será monitorado por meio de relatórios, a cada dois anos, e principalmente pela medição do nível de maturidade, que ocorrerá em 2026”, explica Alan Alex Debus, coordenador de Inovação do Sebrae/PR.
De acordo com Bruno Romano, presidente do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação de Castro, o ecossistema local é recente, mas possui grande potencial. A cidade, conhecida como capital leiteira, tem uma cadeia produtiva altamente tecnificada, mas carece de um ambiente propício à inovação.
“Enfrentamos algumas dificuldades, como a fuga de jovens que vão estudar em outras cidades e não retornam. O ecossistema de inovação local está em rápido desenvolvimento, com a mobilização das principais entidades, empresas e instituições de ensino da cidade. Temos colhido resultados desde a criação do Fórum. Estamos planejando um parque tecnológico pela Cooperativa Castrolanda e estamos otimistas com a indicação para o programa nacional”, comenta.
O projeto elaborado poderá ser apresentado no ELI Summit 2025, evento nacional que será realizado em Natal (RN) e reunirá lideranças e especialistas de todo o País para trocar experiências e boas práticas.
Informações/PáginaUm