Castro – A tradicional Festa da Colheita, ou Erntedankfest, acontece neste domingo (18) na Colônia Terra Nova, mantendo viva a cultura germânica trazida por imigrantes alemães que chegaram à região no início da década de 1930.
A programação começa antes da missa das 10h, com o desfile de tratores antigos que seguem até a Igreja Santa Terezinha. A celebração religiosa será presidida pelo bispo emérito da Diocese de Ponta Grossa, dom Sérgio Arthur Braschi. Fluente em alemão, o religioso incluirá orações na língua durante a cerimônia, que contará também com cânticos tradicionais entoados pela comunidade.
Após a missa, os tratores seguem em cortejo até o Museu da Colônia Terra Nova, onde será servido o tradicional almoço alemão, às 12h. No cardápio: gulasch, spätzle, sauerkraut, kartoffelpüree, arroz e saladas. Os ingressos para o almoço, que custa R$ 65, já estão esgotados, mas outras opções gastronômicas estarão disponíveis, como tortas, bolos e o típico waffel alemão.
A festa também contará com chope e outras bebidas, além de uma tradicional competição de consumo em metro, muito comum nas festividades alemãs. A animação ficará por conta da bandinha típica Vox Tureck, do grupo folclórico Sonnenstrahl e do coral em comemoração aos 100 anos da Cooperativa Frísia.
Um novo espaço em estilo enxaimel será inaugurado no museu local, reforçando a preservação do patrimônio cultural.
Segundo Alexandre Hubert, historiador da colônia e um dos organizadores do evento, a festa resgata a cultura alemã. “Preservamos esta tradição que herdamos dos nossos antepassados alemães. Na Europa, desde a Idade Média, povos germânicos comemoravam a colheita realizada no outono, garantindo a sobrevivência pelo longo inverno, quando tudo era coberto pela neve. Assim, se alimentavam da colheita realizada”, explica sobre a origem. Ele conta que em Castro, com o cultivo de grãos, o exemplo vem “dos avós alemães, também queremos render graças a Deus pela nossa colheita”, lembra.
Hoje, a Colônia Terra Nova conta com apenas uma imigrante alemã viva — a última remanescente das cerca de 120 famílias que chegaram à região em 1933, marco inicial da imigração local.
Informações/PáginaUm