A Prefeitura de Castro firmou, na quinta-feira (20), um acordo para a transferência da “Casa Mariana” para o patrimônio do Município. Localizada em uma região estratégica do centro histórico da cidade e próxima a outros importantes edifícios culturais, como o Museu do Tropeiro, a Casa de Sinhara e a Casa da Praça, a propriedade foi adquirida com o objetivo de abrigar a Secretaria de Cultura, Indústria, Comércio e Turismo.
O prefeito Reinaldo Cardoso ressaltou a relevância da aquisição para a preservação da história e cultura local. “Esta casa é uma das últimas que conserva sua estrutura original e sempre foi mantida com cuidado pelos proprietários. Como estava sem uso e à venda, decidimos comprá-la para impedir sua deterioração. Esperamos que esse trabalho de preservação seja cada vez mais valorizado e eficiente”, afirmou.
O nome “Casa Mariana” é uma homenagem à primeira proprietária do imóvel, Mariana Marques, conforme explicou o secretário de cultura, indústria, comércio e turismo, Ronie Cardoso Filho. Mariana era esposa de Joaquim Madureira, um ex-vereador de Castro, e era conhecida por seu trabalho filantrópico. No final do século XIX, o casal construiu a casa nas proximidades da Igreja Matriz Sant’Ana.
Ronie destacou a tradição de nomear imóveis culturais em homenagem a mulheres na cidade. “Castro tem a prática de dar o nome de mulheres às suas construções. Temos a Casa de Marinha, a Casa de Sinhara e, para honrar a antiga proprietária, decidimos chamar este imóvel de Casa Mariana”, afirmou.
Após o falecimento de Mariana, o imóvel foi herdado por seus descendentes e, posteriormente, adquirido pela Indústria Latorre, que o utilizou por 50 anos. A ex-proprietária, Luciana Prestes Natucci, expressou sua satisfação em devolver a propriedade ao uso cultural: “Sempre buscamos preservar todos os detalhes da casa e fico feliz em entregá-la à Prefeitura, pois agora ela retoma sua função original, que é a cultura”.
Com 321 anos de história, Castro é um importante acervo histórico e o terceiro município mais antigo do Estado, sendo o primeiro a ser fundado após a emancipação política do Paraná, recebendo o título de “cidade mãe”. Em 1894, durante a Revolução Federalista, Castro serviu como capital do Estado por um período. Parte dessa história está preservada em imóveis históricos de propriedade tanto particular quanto pública.
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