Mais uma unidade do futuro maior complexo universitário de saúde do Paraná. Assim foi o lançamento do início das obras do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG), que atende as modalidades auditiva, física, intelectual e visual, nesta sexta-feira (30). O evento aconteceu na Sala dos Conselhos Helena Kolody e contou com a presença do Deputado Federal Aliel Machado, que articulou o repasse de R$ 7,8 milhões do Governo Federal para a obra.
Para o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, com a construção do CER IV a Universidade se tornará uma das maiores referências em reabilitação no Brasil. “Vamos ampliar as possibilidades de assistência à população e, ao mesmo tempo, formar profissionais da área com mais experiência prática e uma percepção humanizada das pessoas com deficiência”.
“Além do CER IV, conquistamos também o custeio por parte do Ministério da Saúde do Centro Especializado. Com isso, mensalmente será disponibilizado aproximadamente mais R$ 500 mil para a contratação de profissionais especializados. Esse é um compromisso que fará com que Ponta Grossa e região sejam referência no atendimento dessas pessoas que hoje não tem um espaço adequado de tratamento”, garante o deputado federal Aliel Machado.
A diretora-geral dos HU-UEPG, professora Fabiana Postiglioni Mansani, explica que hoje os hospitais atendem apenas casos necessários de reabilitação de pacientes que foram atendidos no próprio HU, ou seja, um público interno. “O CER IV vem engrandecer o serviço dos Hospitais Universitários. Como ele atende todos os tipos de reabilitação, isso preenche um vazio de atendimentos em todo o interior do Paraná e a nossa área de abrangência vai ser bem maior do que as referências que atendemos hoje”.
Hoje, no Paraná existem apenas dois CER IV: um em Curitiba e um em Foz do Iguaçu. Existem outros em construção no momento, mas nenhum vai atender os quatro tipos de reabilitação possíveis. Assim, o CER IV dos HU-UEPG serão o segundo do interior do Estado. Os encaminhamentos serão realizados pela 3ª Regional de Saúde em Ponta Grossa, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SESA).
O professor Nelson Canabarro, representante da Associação Amigos do HC, também acompanhou a cerimônia. Pai de uma criança com deficiência, ele avalia que a obra será de extrema importância para todos os públicos. “A cidade não tem nenhuma estrutura de atendimento específica para atender a demanda inicial, que tem crescido ao longo do tempo. As crianças que são o público-alvo desse projeto ganham autonomia, ganham qualidade de vida que é tudo que nós, pais, queremos para os nossos filhos. Nós não somos eternos e os nossos filhos precisam ter condições de enfrentar a vida sozinhos, de ter uma vida com plenitude”, destaca.
“Acho sensacional, até a possibilidade de estágio em alguns casos que esse espaço vai possibilitar. Vai abrir os horizontes e desenvolver melhor a parte humana de quem vai atuar lá”, complementa o acadêmico do 3º ano do curso de medicina da UEPG, Guilherme Augusto da Rocha, que representou as pessoas do espectro autista no evento.
Ministro da Saúde assinou a ordem de serviço do CER IV dos HU-UEPG
Devido à importância do CER IV para o Estado do Paraná, a assinatura da ordem de serviço e o repasse dos recursos federais contou com a presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Nós temos uma parceria forte com o Governo do Estado, para que a gente possa melhorar a saúde da população. O CER-4 é um espaço para cuidar das pessoas, das crianças e das famílias, especialmente as pessoas que estão no espectro autista”, destaca.
Com 1.924,02 m², o CER IV vai contar com recepção, consultórios clínicos e especializados (ortopedista, enfermagem, otorrino, oftalmológico, neurologista, entre outros); salas de terapia em grupo e individuais para todos os públicos; espaço esportivo; área administrativa e de apoio; playground; áreas de convivência interna e externa; e jardins internos.
Para a pró-reitora de Planejamento da UEPG, professora Andrea Tedesco, o CER-4 desempenhará um papel essencial na construção de uma sociedade mais inclusiva e na valorização do potencial humano, ”gerando benefícios econômicos e sociais de longo prazo, estimulando a formação de profissionais capacitados e a realização de estudos voltados para a melhoria dos serviços de reabilitação”. Já o diretor de Planejamento Físico da Proplan, professor Guilherme Araújo Vuitik, explica que foram necessárias diversas alterações no projeto-padrão do Ministério da Saúde para se adequar à realidade da UEPG, além de outros novos, como por exemplo, de climatização, fundações, terraplanagem e estacionamento.
Texto: Tierri Angeluci / Fotos: Aline Jasper e Larissa Godoy
Divulgação/UEPG
