A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) é uma das instituições de ensino superior a ofertar vagas no Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná, para ingresso em 2026. A organização das provas e demais ações é da Universidade Estadual de Maringá (UEM). As inscrições estarão abertas em 23 de junho.
As provas estão previstas para 14 e 15 de setembro. Os candidatos podem se inscrever até 08 de agosto de forma gratuita, para concorrer às vagas nos cursos da UEPG e das outras seis universidades estaduais paranaenses, além da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O edital com informações mais detalhadas pode ser lido aqui e neste site.
Vida acadêmica
Atualmente, são 31 discentes indígenas matriculados nos cursos da UEPG e, desde 2002, 19 já se formaram. A Universidade também incentiva a permanência dos acadêmicos por meio de bolsas, totalizando 28 auxílios. Estudantes indígenas são beneficiários do Restaurante Universitário e recebem Vale Transporte – a UEPG é a única entre as universidades estaduais paranaenses a prestar este tipo de apoio.
Políticas públicas para estudantes indígenas no Paraná
Conforme dados da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), a política de permanência dos povos indígenas do Paraná no Ensino Superior foi criada pela Lei Estadual nº 13.134, de 18 de abril de 2001, que garantiu de imediato três vagas suplementares nas universidades estaduais do Paraná. Em 2006, as vagas foram ampliadas para seis, no total.
O primeiro Vestibular dos Povos Indígenas, já de acordo com a nova lei, aconteceu em 2002. Simultaneamente, foi instituído o pagamento de uma bolsa de auxílio permanência pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná (Seti).
Em 2004, ocorreu outro avanço com a criação da Comissão Universidade para os Índios (Cuia), hoje Comissão Universidade para os Povos Indígenas. A sigla Cuia permaneceu e atualmente é a responsável por avaliar as experiências e práticas desenvolvidas por cada instituição de ensino superior para o aprimoramento da política implementada desde 2001.
Além da Cuia Estadual, cada universidade também tem uma comissão local, responsável pelo acompanhamento dos acadêmicos indígenas nos cursos onde estão matriculados e pelo atendimento às demandas apresentadas.
Texto e fotos: Helton Costa
Divulgação/UEPG