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Castro – O que deveria ser uma viagem de devoção e agradecimento se transformou em momentos de angústia para a família de Dona Darci Silvino da Silva, 76 anos, moradora do Jardim Primavera, em Castro. Durante sua peregrinação a Aparecida (SP), no final de janeiro, ela enfrentou uma grave crise de saúde que a deixou internada por quase um mês. Hoje, sua recuperação é considerada um verdadeiro milagre pela família, amigos e até mesmo pelos profissionais de saúde que a acompanharam.
A filha de Dona Darci, Guiomara da Silva, relata que, na madrugada de 26 de janeiro, a mãe começou a passar mal, apresentando intenso calor seguido de dificuldade para respirar. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e levou cerca de 14 minutos para chegar, vindo da cidade vizinha de Guaratinguetá (SP). No pronto-socorro de Aparecida, Dona Darci sofreu uma parada respiratória de oito minutos.
Após ser reanimada, foi intubada e transferida para a UTI do pronto-atendimento da Santa Casa de Aparecida. Mais tarde, no mesmo dia, passou para a UTI de Guaratinguetá, onde permaneceu por 22 dias. Com a melhora do quadro clínico, foi transferida para um quarto, onde ficou até receber alta no dia 18 de fevereiro. “Somos gratas ao Hospital e Maternidade Frei Galvão e ao Dr. Matilvani Moreira, secretário municipal de Saúde de Castro, que não mediu esforços para nosso retorno em segurança”, destaca.
A viagem, que era para ser um ato de fé, já tinha um significado especial para a família. “Nós íamos todos os anos antes da pandemia. Depois da pandemia, essa foi a primeira vez que voltamos. Fomos em família, com as irmãs, filhas e netas. A sobrinha do meu marido organizou a excursão para pagar uma promessa, e fomos para ajudá-la a completar o ônibus, já que não havia um intuito comercial”, relembra Guiomara.
A corrente de orações pela recuperação de Dona Darci mobilizou comunidades religiosas de Castro. “As pessoas se uniram em oração pela recuperação dela. A comunidade de Sion e a matriz de Nossa Senhora do Rosário fizeram uma grande corrente de fé. Segundo os médicos, foi um verdadeiro milagre. Pela idade dela, muitos que passam tanto tempo intubados não sobrevivem ou saem com sequelas graves, mas a mãe voltou para casa sem sequelas, apenas com fraqueza, algo natural, e está se recuperando a cada dia”, relata a filha.
Para a família, a jornada espiritual teve um desfecho ainda mais profundo. “Fomos para agradecer um milagre, que foi a vida do meu sobrinho, e voltamos com outro milagre, que foi a recuperação da mãe. Veja como a fé nos conduz, como os milagres acontecem na vida da gente. Isso nos fortalece e nos faz acreditar cada dia mais nas coisas divinas”, afirma Guiomara.
A história de Dona Darci se soma a tantos outros relatos de fé e superação que cercam o Santuário Nacional de Aparecida. Para a família, a peregrinação que começou como um ato de agradecimento se tornou um testemunho de fé e gratidão, agora com um novo motivo para retornar. “Já estamos nos organizando para ir ano que vem”, conta Guiomara.
Informações/PáginaUm